Dentre
os 2.600 animais marinhos encontrados mortos pelo Instituto Argonauta, entre
2015 e 2018, 48% mostraram ter tido contato com o lixo jogado nas praias do
litoral norte de São Paulo.
O
resultado foi divulgado pelo Instituto Argonauta em parceria com o Aquário de
Ubatuba, por meio de dois boletins informativos de monitoramento do lixo descartado
nas praias de quatro cidades: Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e
Ilhabela.
O
levantamento também divulgou que 942,7 kg de lixo foram retirados das praias
avaliadas em 2018, sendo que 330,8 kg foram coletados só nas praias de Ubatuba.
Além disso, dentre os 132 locais analisados, seis praias foram classificadas
como “inaceitáveis” pelo instituto, devido a grande quantidade de resíduos
encontrados.
Os
resultados podem ser ainda mais assustadores se for considerado um tempo de
análise maior. Nos últimos 30 meses, foram recolhidas 22 toneladas de resíduos
nesses locais. Tais dados fornecem aos pesquisadores um “raio-x” sobre o
movimento de descarte nas praias do litoral norte.
A
finalidade da operação é, não só de recolher o excesso de lixo nas praias, como
também conscientizar a população a respeito dos impactos que o descarte
excessivo pode ter para o meio ambiente, para os animais, para a saúde da
população e para a economia dessas cidades, que tem como base o turismo de
praia.
Apesar
do aumento da preocupação e da veiculação de diversas notícias sobre o tema, na
prática ainda observamos uma enorme quantidade de lixo indo parar nos rios,
praias e mar da região, e o que é pior, afetando diretamente a fauna marinha.
Os
países europeus já preveem banir os materiais descartáveis até 2020 e que essa
medida deveria ser considerada pelo Brasil quando o assunto é descarte
de lixo.
(Fonte: IG)
Nenhum comentário:
Postar um comentário