O
WhatsApp deve limitar para cinco o número de encaminhamentos possíveis de uma
mesma mensagem. A informação foi divulgada pelo
portal WABetaInfo , conhecido por adiantar novidades do
aplicativo de mensagens.
Atualmente,
o número de compartilhamentos possíveis para uma mesma mensagem é 20.
A restrição de cinco encaminhamentos por vez está em vigor apenas na
Índia, local no qual o WhatsApp resolveu anunciar a medida em
meio a uma onda de fake news (notícias falsas, em inglês) que matou
pelo menos 27 pessoas . A iniciativa, agora, deve chegar a todo o
mundo.
De
acordo com a publicação, a medida serve para combater tanto mensagens de spam
como as notícias falsas, que dominaram a rede social em 2018 e fizeram com que
o aplicativo de mensagens recebesse muitas críticas.
No
Brasil, às vésperas do segundo turno das eleições, o conselho consultivo
sobre internet e eleições criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
brasileiro, com objetivo de combater as fake news , se
reuniu, em videoconferência, com representantes do WhatsApp para discutir
a possibilidade de redução da proliferação de fatos inverídicos no período
eleitoral.
Na
época, a instituição brasileira sugeriu que a empresa coibisse a
disseminação de mentiras, reduzindo o número de mensagens encaminhadas e o
número de grupos criados por um mesmo usuário, além de limitar a participação
em grupos e o encaminhamento de mídias. Já a segunda proposta visava a checagem
da veracidade das informações compartilhadas.
Em
resposta, o aplicativo de mensagens disse à BCC News Brasil que
as mudanças e atualizações às vésperas das eleições eram "impossíveis” por
motivos técnicos, e que a empresa buscava por um "equilíbrio entre o que é
liberdade de expressão e o que é violação de regras", além do constante
feedback dos usuários.
Um
levantamento realizado no período eleitoral pelos professores Pablo Ortellado,
Fabrício Benvenuto e pela Agência Lupa em 347 grupos de WhatsApp revelou que apenas
8% das imagens compartilhadas pelos usuários podem ser classificadas como
verdadeiras .
Das
50 imagens mais compartilhadas e checadas pela Agência Lupa , considerando as
que foram divulgadas sozinhas ou acompanhadas de um texto, apenas quatro foram
consideradas verdadeiras (8%). Do total, oito (16%) eram falsas (como a
montagem da ex-presidente Dilma Rousseff com Che Guevara, um dos líderes da
Revolução Cubana) e outras quatro (8%) eram insustentáveis, isto é, não se
baseavam em nenhum banco de dados confiável, como as fotos de Lula e Fernando
Henrique Cardoso afirmando que os dois se reuniram para planejar assaltos a
bancos.
Ainda
segundo a Lupa, nove eram fotos reais, mas com alusões a teorias da conspiração
sem comprovação. Outras sete também eram verdadeiras, mas tiradas de contexto,
como um registro de Aécio Neves e Fidel Castro acompanhado da acusação do
político tucano ter virado “aluno” do dirigente cubano. No total, 56% das
imagens que mais circularam no WhatsApp foram consideradas
“enganosas”.
(Fonte: IG)
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