Batizado em homenagem à região no sul da
Alemanha, quitute teria sido inventado bem longe dali, em 1915. Um século
depois, especialidade alemã que leva cerejas, chantilly e chocolate, é
conhecida mundo afora.
Chantilly, chocolate, cerejas e uma
generosa dose de Kirsch - destilado de cereja. Seja em cafés ou restaurantes, o
bolo Floresta Negra é um dos doces mais pedidos na Alemanha. E a especialidade
alemã, supostamente nascida há cem anos, é hoje conhecida da Austrália ao
Brasil, tendo uma popularidade semelhante apenas à tradicional torta Sacher
austríaca.
O bolo Floresta Negra é o mais conhecido
embaixador da nossa região e ele é o bolo mais conhecido e apreciado na
Alemanha.
Há várias versões sobre o surgimento do
bolo Floresta Negra. De acordo com a variante padrão, o doce foi inventado pelo
confeiteiro Josef Keller (1887-1981), nascido em Riedlingen, no sul da Alemanha.
E o bolo teria nascido bem longe da Floresta Negra, região no estado de
Baden-Württemberg.
Keller criou e serviu o quitute pela
primeira vez em 1915, quando trabalhava no Café Ahrend em Bad Godesberg, hoje
distrito de Bonn, no oeste da Alemanha. O café considerado o berço do bolo
Floresta Negra existe até hoje, mas com o nome Café Agner.
Keller mudou-se mais tarde para
Radolfzell, no sul do país, e abriu seu próprio café, expandindo o sucesso de
sua criação. Um dos aprendizes do confeiteiro guardou a receita original do
bolo, que hoje está numa confeitaria em Triberg, na própria Floresta Negra.
Versão da Floresta Negra
A cidade de Tübingen, na Floresta Negra,
também reivindica a invenção do bolo batizado em homenagem à região, que teria
nascido somente em 1930. A receita básica, no entanto, já era conhecida há
muito tempo por ali: cerejas cozidas acompanhadas de creme e às vezes com um
toque alcoólico, servidas como uma sobremesa simples e não em forma de bolo.
O fato é que a torta não nasceu ontem,
diz Freddy Boch, chef do Hotel Engel, em Todnauberg, na Floresta Negra. Várias
unidades do bolo saem de sua cozinha todos os dias. Ele prepara o bolo, cuja
receita sabe de cor, somente com cerejas e Kirsch produzidos na região. Também
é importante que o bolo seja preparado à mão da maneira adequada.
A cada dois anos, Boch organiza em
Todnauberg um festival dos bolos de cereja. O próximo está marcado para abril
de 2016. Em cursos regulares, o chef e outros confeiteiros também ensinam
turistas como combinar cerejas, chantilly, chocolate e Kirsch da maneira
perfeita. As aulas de cozinha são muito procuradas.
O bolo Floresta Negra não é uma marca
registrada e pode ser produzido em qualquer lugar do mundo - também com
adaptações. No Brasil, por exemplo, o bolo costuma levar mais açúcar e ser preparado sem a dose alcoólica.
(Fonte: Uol)
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