O jejum intermitente é uma dieta que cresceu
bastante nos últimos anos. Como o próprio nome sugere, trata-se de passar
algumas horas sem se alimentar. Há três formas de seguir esse programa: o “16
por 8” (também chamado de protocolo Leangais) é o mais conhecido e praticado.
Ou seja, o indivíduo dispõe de 8 horas para se alimentar diariamente, enquanto
que as demais (16 horas, no caso) são de jejum.
Há o jejum de dias alternados, o de 24 horas. São
destinados dois dias da semana para ficar entre manhã e noite sem ingerir
qualquer alimento. Por fim, o método “5 por 2” que procura reduzir o número de
calorias consumidas por dois dias.
Mas, afinal, qual é a diferença entre o jejum
intermitente e outros tipos mais comuns? O jejum intermitente se
diferencia de outros tipos de jejum por apresentar a alternância entre
restrição calórica e ingestão de alimentos, com objetivos relacionados à saúde
e mudanças de composição corporal. Nesse caso, ele é diferente do jejum
seco ou absoluto e do jejum por indicação médica.
De acordo com a nutricionista, outra característica
do jejum intermitente é consumir alimentos com baixo teor de carboidratos e
rico em gorduras. A ideia de uma dieta com alto teor de gorduras é manter a
saciedade por mais tempo e evitar efeitos colaterais como a tontura, geralmente
por falta de energia durante o processo.
Entre os alimentos que podem ser incluídos estão o
abacate, carnes, azeite de oliva, ovos, laticínios, vegetais, verduras e
legumes com menor teor de carboidratos, frutas vermelhas, oleaginosas e sementes.
Já a ingestão de líquidos depende do objetivo e do
tempo de restrição alimentar; geralmente água, café e chá são liberados.
Os prós e contras do jejum intermitente
Para iniciar um jejum intermitente, é importante
procurar um nutricionista para estabelecer qual estratégia será adotada. É
importante ter ajuda profissional, pois a prática é contraindicada para
gestantes, idosos, crianças, pessoas com diabetes e problemas gástricos w com
histórico de distúrbios alimentares.
Aos iniciantes, podem surgir fraqueza física e
mental, dores de cabeça, tonturas, mal estar geral, irritabilidade, perda de
concentração e foco, redução da memória e estados crônicos de fome.
Ainda assim, os benefícios do jejum atingem tanto a
saúde, como o estilo de vida e o próprio emagrecimento. Entre os
principais fatores, a restrição calórica e a diminuição da ingestão de
alimentos podem minimizar o processo de envelhecimento celular e a presença de
doenças crônicas associadas.
Um estudo, publicado em outubro de
2017, mostra que períodos de jejum podem promover um envelhecimento saudável e
aumentar a expectativa de vida.
Para isso, os pesquisadores apresentaram uma
ligação entre longevidade e as mudanças dinâmicas nas formas das redes
mitocondriais, estruturas produtoras de energia que mudam dinamicamente de
acordo com a demanda energética.
O excesso alimentar provoca danos oxidativos às
proteínas e ao DNA, aumenta a inflamação e eleva a insulina e glicose, gerando
desequilíbrio no metabolismo corporal e o desencadeamento de doenças cardiometabólicas.
Embora tenha muitas vantagens, é desaconselhado
começar o jejum intermitente sem a devida preparação. O organismo precisa
passar por uma resposta adaptativa ao jejum, a fim de evitar possíveis
alterações metabólicas negativas.
(Fonte: IG)
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