Os
pais de recém-nascidos logo identificam o choro de cólica –
é aquele mais agudo e sofrido, em que o bebê aparenta dor e desconforto. Mas
não precisa se desesperar, porque o comportamento não está associado a nenhuma
doença. Na verdade, as cólicas (contrações da musculatura abdominal) são
naturais e esperadas, isto é, fazem parte do desenvolvimento da criança.
Elas acontecem nos primeiros três meses de vida porque seu filho está se
acostumando a digerir o leite e a flora intestinal dele ainda não
está formada. É uma adaptação necessária para que o corpo da criança aprenda a
lidar com o volume do alimento e também com os gases.
Até quando elas vão aparecer?
O
mal-estar dura em média três meses, tempo que o organismo leva para amadurecer
o mecanismo da digestão. No terceiro mês após o nascimento, o bebê completa um
ciclo de 12 meses desde a fecundação, ou seja, 1 ano, contando o período de vida
intrauterina. É nessa fase que ele deixa de ser um recém-nascido. No 4°
mês, a flora intestinal está formada e o cérebro e o intestino já se entendem
melhor. Então, as cólicas deixam de ocorrer. Caso elas persistam por muito mais
tempo, busque a orientação de um pediatra para investigar o caso. Há crianças,
por exemplo, que têm refluxo, doenças inflamatórias intestinais ou alergia
a proteína do leite de vaca (e a ingestão desse alimento em excesso pelas
mães pode provocar dor no bebê). O consumo de fórmulas de leite não apropriadas
ao recém-nascido também costuma causar cólicas. Nessas situações, cabe ao
pediatra ajustar a dieta da mãe (quando houver excessos) e a dieta do bebê, se
não estiver adequada
.
Será que é cólica?
Veja
alguns sinais básicos para identificar o problema:
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O bebê chora sem parar.
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Você já o alimentou, trocou a fralda, verificou se não era frio ou calor, e
mesmo assim seu filho continua chorando.
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Ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome.
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A barriga fica endurecida.
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Ele solta gases.
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O rosto fica avermelhado.
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As mãos ficam com os punhos fechados.
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A expressão do rosto é de dor e sofrimento
Como aliviar as cólicas?
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Mantenha-se tranquilo para poder aclamar a criança.
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Dê colo e carinho para o bebê na hora do choro.
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Deite-o de bruços e embale-o nos braços.
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Coloque a barriguinha dele em contato com o seu abdome: calor e aconchego ao
mesmo tempo são imbatíveis!
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Esquente um pano a ferro ou opte por bolsa de água quente. Tome cuidado para
não esquentar demais e nunca encoste a superfície quente direto na pele da
criança. Envolva-a em um pano. Em lojas de artigos para bebês há bolsas
térmicas de gel.
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Fique com o seu filho em um ambiente aconchegante, à meia luz e, se puder,
coloque uma música relaxante.
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Apesar de o peito acalmar a criança, evite amamentá-la, pois a sucção estimula
as contrações intestinais, o que agrava as dores.
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Massagens circulares em sentido horário no abdômen e ao redor do umbigo ajudam
a soltar os gases. Passe a mão com um pouquinho de óleo de bétula ou de
amêndoa. Isso aquece o local e acalma o bebê.
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Exercícios com as pernas também contribuem para diminuir as dores e soltar
gases. Deite o bebê de costas e flexione as suas perninhas sobre o abdome.
Há remédio?
É
possível utilizar produtos para aliviar o desconforto, desde que eles
sejam prescritos pelo pediatra do seu filho. Os probióticos, por exemplo, à
base de lactobacilos, costumam diminuir a dor porque contribuem com a formação
da flora intestinal do bebê. Também há medicamentos específicos, os
antiespasmódicos, que podem ajudar. Mas lembre-se: o pediatra é quem deve
receitá-los e orientar como usar.
(Fonte: Revista Crescer)
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