Cada casal tem a sua dinâmica e as suas
regras. Enquanto para algum controlar o comportamento do outro pode ser
considerado uma forma de cuidado e atenção, para outros a situação pode ser
sufocante e causar diversas brigas.
A realidade é que o controle do comportamento
do outro dentro de um relacionamento amoroso acaba envolvendo sofrimento de
ambos os lados. Quem sente a necessidade de controlar a vida alheia
sofre de ansiedade e insegurança, enquanto quem é controlado vive com a
sensação de sufocamento.
Esse é um assunto complexo e que gera
muita discussão e brigas entre os casais. Enquanto para
algumas pessoas esse tipo de comportamento é fundamental para manter a chama da
paixão acesa, para outras, isso simplesmente apaga o amor.
Um casal é formado por duas
individualidades, com desejos e vontades diferentes, por isso, é fundamental
fazer um conjunto próprio de “regras”. Comunicar-se de maneira clara e objetiva
desde o começo da relação é imprescindível para que ambos decidam o que é e o
que não é aceitável.
Querer
controlar a vida do parceiro é normal?
Não deveria ser. Em um relacionamento de
casal, a confiança deve vir sempre em primeiro lugar e, onde há confiança, o controle
deve passar longe. Mas acontece que muitos casais se formam não somente pela
vontade de estar juntos, mas por inúmeras outras razões (como carência, medo da
solidão, vingança, interesse, dentre outros). E é aí que as cobranças começam a
surgirl.
Se você já sabe que ele é infiel, por
exemplo, e opta por entrar num relacionamento com ele mesmo que fidelidade seja
uma regra de ouro para você, as chances de você virar uma namorada totalmente
neurótica que quer ter o controle de cada passo da vida dele são enormes.
O mesmo acontece quando acreditamos no
conjunto de verdades sociais repassadas por livros, novelas, filmes e músicas
de que o amor de ser uma experiência sofrida, de que a traição pode acontecer
sempre e que os homens não resistem a outras mulheres.
Essas são crenças limitantes que devem
ser esquecidas urgentemente. Porque não é absolutamente verdade que todos os
homens traem. Talvez você até já tenha sido traída no passado. Mas isso não
significa que você deve viver insegura no relacionamento atual e ser tornar
campeã no quesito controle da vida do parceiro.
O medo da perda, de ser traída ou
trocada, assim como a possessividade, vem do senso de escassez que orienta
boa parte das relações sociais. Aprendemos desde pequenas que existem mais mulheres
do que homens e crescemos em um clima de disputa – assim é com quase tudo em
nossa sociedade. Mas precisamos dar um basta! Não precisamos mais viver com
medo e muito menos com a necessidade de ter o controle da vida do outro para
nos sentirmos seguras.
É hora de exercitar o desapego nas
relações, principalmente desapegar da necessidade de controlar a vida
do parceiro. E isso não significa viver em um relacionamento aberto, mas,
sim, entender que existem limites individuais que devem ser respeitados e,
principalmente, que o outro está com você porque quer. Além disso, é
fundamental entender que estar em um relacionamento não significa ser do outro.
Ele está com você, isso não quer dizer que ele é seu.
(Fonte: IG)
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