Carlos Eduardo Gonzaga dos Santos mais
conhecido como Duda Santtos, tem 42 anos, é
solteiro, carioca e mora no Rio de Janeiro. Carismático, simpático, atencioso, tem uma legião de fãs que o acompanham e admiram. Com mais de 20 anos de carreira e
inúmeros trabalhos no mundo da música Duda Santtos nos concedeu uma gostosa
entrevista através de seu e-mail.
Papo entre
Mulheres: Quem é Duda Santtos?
Duda Santtos: Um DJ
que tem a consciência que o artista que não faz tudo pensando em agradar o
seu público, não terá o verdadeiro
reconhecimento do mesmo!!
Papo entre Mulheres: Quando e como começou a carreira
de DJ?
Duda Santtos: Em 1992,
após o serviço militar. Começou como uma coleção de discos, que evoluiu pra
discotecagem amadora e finalmente a profissional.
Papo entre Mulheres: Ao longo dos anos muita coisa
mudou dentro da profissão de DJ. Como você vê o Duda Santtos no início da
carreira e o Duda Santtos hoje?
Duda Santtos: A própria figura do DJ mudou bastante, principalmente nos últimos dez anos. O DJ deixou de ser o coadjuvante , o cara que estava ali, só pra não deixar a boate ou show sem música e hoje é a verdadeira atração. Em 1992, muito mal se falava ao microfone quem estava tocando e hoje o DJ tem sua foto e logo marca como atrativo no material gráfico, nos vídeos promocionais e nas chamadas de radio para os eventos. As pessoas saem de casa para ouvi-lo, como fazíamos com nossas bandas e cantores preferidos na adolescência.
Papo entre Mulheres: Em 2013 o Ministério do Trabalho reconheceu a profissão DJ. No entanto, os profissionais ainda batalham por outro objetivo: a aprovação do Projeto de Lei que prevê a regulamentação da atividade. Qual foi sua maior dificuldade quando ser DJ ainda não era uma profissão?
Duda Santtos: A própria figura do DJ mudou bastante, principalmente nos últimos dez anos. O DJ deixou de ser o coadjuvante , o cara que estava ali, só pra não deixar a boate ou show sem música e hoje é a verdadeira atração. Em 1992, muito mal se falava ao microfone quem estava tocando e hoje o DJ tem sua foto e logo marca como atrativo no material gráfico, nos vídeos promocionais e nas chamadas de radio para os eventos. As pessoas saem de casa para ouvi-lo, como fazíamos com nossas bandas e cantores preferidos na adolescência.
Papo entre Mulheres: Em 2013 o Ministério do Trabalho reconheceu a profissão DJ. No entanto, os profissionais ainda batalham por outro objetivo: a aprovação do Projeto de Lei que prevê a regulamentação da atividade. Qual foi sua maior dificuldade quando ser DJ ainda não era uma profissão?
Duda Santtos: A maior
dificuldade era ser remunerado de maneira justa. Gastávamos muito pra manter o
acervo de discos atualizado, pois era tudo basicamente importado e nem todo contratante tinha noção deste investimento.
Mas eu entendo que como toda carreira, no inicio é assim mesmo. À medida
que seu trabalho vai se desenvolvendo , você se torna um DJ mais
requisitado e em consequência pode pleitear melhores cachês. É um plano de
carreira como em qualquer profissão...
Papo entre Mulheres: Você tem mais de 20 anos de
carreira e uma lista enorme de trabalhos. Pontos positivos e negativos de ser
um DJ?
Duda Santtos: Muita
gente, equivocadamente acha que uma carreira de DJ é só festas, festas e festas.
Um profissional de alto nível investe muito tempo, em pesquisa musical,
organização e a preparação do material que usa. Executar as musicas no club ou
na festa às vezes é apenas 20% de todo trabalho envolvido. E essa carga horaria
muitas vezes atrapalha muito da vida pessoal também... Como normalmente
tocamos nos fins de semana, festas de aniversario de amigos e parentes,
viagens, nos feriadões, férias com a família e etc, só são possíveis com muita
organização. Perdemos muito da diversão entre amigos em prol de ser DJ. Fora os
cuidados com a saúde como audiometria periódica e tentar repor as horas de sono
e peso perdidos em um fim de semana muito agitado!!
Papo entre Mulheres: Você é muito querido pelo
público e pelas rádios. Qual a fórmula para se destacar na sua profissão?
Duda Santtos: Eu
sempre digo que a formula é: trabalho duro + honestidade (com você e com seu publico)
+ talento = sucesso... Acho que o sucesso e o destaque na profissão, são
consequências do seu envolvimento e vontade de sempre dar o melhor de si,
pra que aquele trabalho (seja ele qual for) seja o máximo que sua capacidade
permita. Se você faz com amor e dedicação, a vida se encarrega de premia-lo por
isso!!!
Papo entre
Mulheres: Alguma fonte de inspiração no
mundo musical?
Duda Santtos: Eu
tenho todas e nenhuma na verdade. Eu costumo observar muito, pra tentar captar
o que de certo as pessoas fazem em suas carreiras e tentar aplicar isso
dentro da minha realidade. Mas nomear um ou duas referencias seria uma
injustiça com tantas outras que em algum momento me influenciaram de forma
positiva !
Papo entre Mulheres: Momentos marcantes da sua
profissão.
Duda Santtos: Depois
de mais de 20 anos, acabei guardando algumas boas lembranças, mas um momento
especialmente marcante, não sei se
tenho. Talvez minha estreia na Blue Garden em 1993, já que foi a primeira
apresentação profissional seja
um deles... Sei lá. Eu vivo olhando para o futuro , então não me apego muito ao
que já passou... Acredito que os
momentos mais marcantes ainda estão por vir. Vou torcer pra isso!
Papo entre Mulheres: Há alguns anos vem investido na
produção musical. Como está sua produção atualmente?
Duda Santtos: Eu sempre invisto, seja na parte de conhecimento técnico ou em equipamentos. Ano passado investi bastante no upgrade do equipamento do home studio e agora em dezembro farei mais um ou dois cursos na IATEC, voltados a produção musical. Como em toda profissão, o DJ/produtor que não se mantem atualizado e atento as novas tecnologias está fadado ao fracasso .
Duda Santtos: Eu sempre invisto, seja na parte de conhecimento técnico ou em equipamentos. Ano passado investi bastante no upgrade do equipamento do home studio e agora em dezembro farei mais um ou dois cursos na IATEC, voltados a produção musical. Como em toda profissão, o DJ/produtor que não se mantem atualizado e atento as novas tecnologias está fadado ao fracasso .
Papo entre Mulheres: Como você vê a volta do
Transtronic?
Duda Santtos: O dial
estava precisando do Transtronic. O cenário da música eletrônica cresceu bastante
no Rio nos últimos anos e um programa , onde as vertentes
de música eletrônica possam ser apresentadas de forma mais ampla estava fazendo
falta. O Adrenalina tem por vocação, uma cara mais "comercial", com
uma proposta mais focada no que é e o que será um hit de pistas. Já o
Transtronic quer manter o ouvinte antenado com as vertentes de e-music que estão em destaque e os artistas
que representam essas vertentes. Depois que ele decidir , qual vertente ou
vertentes o agradam mais, ele próprio poderá chegar a uma conclusão de
que músicas curte mais. O Adrenalina é pura diversão , já o Transtronic tem uma
carga maior de informação envolvida.
Papo entre Mulheres: Em qual programa você mais se
identifica: Adrenalina ou Transtronic? Por quê?
Duda Santtos: Eu
gosto de ambos, mas o meu momento profissional encaixa melhor com o
Transtronic. Eu pesquiso muito e tento
estar em sintonia com o que rola ao redor do mundo no campo da música
eletrônica e poder passar essa informação pros ouvintes, é algo que me deixa particularmente feliz!! Algumas pessoas vieram me dizer que mesmo
com o som diferente que rola no
Transtronic , comparando com o que eu fazia até recentemente no Adrenalina, eu
consigo manter o interesse do ouvinte no programa e isso é bem gratificante!!
Papo entre Mulheres: Projetos futuros
Duda Santtos: 2014
está sendo um bom ano e acredito que 2015 será ainda melhor. Meu único projeto
agora é terminar os cursos que
iniciarei em dezembro , pra entrar 2015 ainda mais apto, pra fazer um trabalho
de qualidade. Todo o resto é consequência disto!!
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