Quem
mora no estado de São Paulo, principalmente na capital e cidades próximas, está
enfrentando uma das piores secas no sistema de abastecimento de água dos
últimos 80 anos. O sistema Cantareira vem mostrando queda em seu reservatório
desde o meio de 2013 e, com o verão extremamente quente e seco, ele não
conseguiu repor a água que normalmente viria com as pancadas de chuva nos meses
de dezembro e janeiro.
Uso do
Volume Morto
O estado
é tão crítico que, além de campanhas de prevenção promovidas pela Sabesp, em
que o cidadão que desperdiçar água irá receber uma multa, também está sendo
considerada a possibilidade de usar o volume “morto” das represas. Esse volume
é constituído pela parte com a água menos oxigenada e barrosa de todo o
reservatório e o uso dele pode significar perigo para a saúde da população, já
que a água pode estar contaminada.
Qual o
motivo dessa seca?
Mas por
que essa situação está ocorrendo? Além da falta de chuvas, o uso inadequado da
água pela população e empresas fez que o reservatório não tivesse condições
para abastecer a todos. De acordo com estudos, o pior dos cenários é o de que a
água possa acabar em julho, também por conta da Copa do Mundo.
Como São
Paulo será uma das cidades sede dos jogos, o consumo durante a festa do futebol
aumentará e não há mais garantia de que haverá água para atender a toda a
população. Atualmente já é possível ver bairros enfrentando cortes de água
durante a noite e racionamento em cidades vizinhas, como na região do grande
ABC.
Apesar
de tudo, essa não é a pior situação de falta de água. Em 2003, o sistema chegou
a operar com somente 3% de sua capacidade durante o mês de novembro. Hoje o
volume está abaixo dos 20% e, caso a chuva não venha em quantidade suficiente,
a tendência é que o problema fique ainda mais crítico, pois estamos no início
do inverno, estação que é naturalmente seca.
O que
pode ser feito?
A Sabesp
tentou “fazer chover” na Cantareira contratando uma empresa que, com aviões,
deposita gotículas de água nas bases das nuvens e, quando as mesmas ganham
volume e ficam pesadas, chove. Apesar do processo ter sido feito 5 vezes, o
nível de água continua caindo. O que resta para a população enquanto não chove
em São Paulo, é economizar água.
(Fonte:
Atitudes sustentáveis)
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