Mesmo depois de mais de 50 anos da
revolução sexual, muitos tabus ainda persistem na cabeça das pessoas. Tanto por
pressões sociais e familiares quanto por questões religiosas. Por conta desses
freios, muitas mulheres e homens acabam não tendo uma vida sexual satisfatória.
Em casos extremos, esses preconceitos podem até impedir o orgasmo.
Desmistificar essas questões é fundamental para ser mais feliz na cama,
desfrutando todo o prazer do sexo sem neuras.
O sexo anal está no topo da lista dos
assuntos que mais suscitam preconceitos. Seja para as mulheres, que
possuem vontade de praticar, mas não tem coragem, seja para os homens, com o
polêmico fio terra.
As mulheres se privam do prazer anal por
medo do que os parceiros possam pensar, ou ainda por receio da prática ser
dolorida. Por outro lado, muitas delas não sabem como agir quando ele pede para
ser tocado na região anal. Os homens, por sua vez, mesmo tendo curiosidade,
rejeitam o fio terra com medo de ter a sua sexualidade questionada.
De um modo geral, o preconceito não parte
de apenas um dos lados do casal. Sobre o uso de brinquedos sexuais, por
exemplo, a mulher se envergonha de comprar ou usar, pois pondera que as
pessoas, incluindo o marido, possam fazer um juízo errado sobre ela. Já os
homens, têm preconceito com os vibradores por verem nele um rival.
O
mesmo ocorre com os filmes eróticos. Muitas mulheres se sentem mal quando o
parceiro sugere o uso deles para apimentar uma transa. Elas se sentem
deslocadas, culpadas e não gostam da forma como a mulher é tratada nos filmes.
Basta que a mulher escolha um filme ou
cena que a agrade mais, para que ela não se sinta tão intimidada. Ela pode
assistir com o marido enquanto ambos trocam carícias, de maneira leve e
divertida.
Mesmo
entre casais mais liberados, alguns assuntos ainda são tabus, como é o caso do
sexo a três, o famoso ménage à trois. Apesar de sentirem vontade de incluir
alguém na relação, parceiros se ressentem das consequências.
Ao incluir outra pessoa na relação podemos
abalar as estruturas de confiança e afeto. Não há garantias. Por isso o casal
precisa conversar muito e definir limites antes de embarcar em uma aventura
dessas. Mas se ambos estiverem felizes e optarem por satisfazer esta fantasia
juntos, a experiência pode injetar um novo frescor na relação. Sem vergonha dos
seus desejos, um casal tem muito mais chance de ter prazer na cama
De mesma forma que o sexo a três, a
bissexualidade e o sadomasoquismo também são cercados de tabus. Nos três casos,
é preciso entender que a sexualidade humana é plural. A rejeição de alguma
prática sexual se justifica pela falta de desejo em fazê-la, mas não porque
alguém disse que ela é errada.
O preconceito, no entanto, não aparece
apenas em práticas sexuais mais ousadas, mas também em questões simples. Há
mulheres que acreditam que o sexo bom é aquele com preliminares demoradas. No
entanto, dependendo da situação e da excitação do casal, uma transa rápida, sem
preliminares, pode ser maravilhosa.
Do mesmo modo, não é preciso correr para o
banheiro tomar banho logo após o sexo por causa de neuras com higiene em
excesso. Isso pode ser broxante para o parceiro que gostaria de aproveitar
melhor o momento de intimidade a dois.
O mais importante na hora do sexo é o
prazer e a satisfação. Esse é o mote da revolução sexual que tomou o mundo nos
anos 60. O problema é que muitas pessoas ainda não assimilaram esse conceito.
Para isso acontecer, é preciso que os parceiros conversem, revelando seus
receios e seus desejos, construindo juntos uma libertação dos
preconceitos.
(Fonte:
IG)
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